segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

"Marcelo Rebelo de Sousa" de Vítor Matos






Marcelo Rebelo de Sousa define-se como um professor universitário, realizado em pleno com a vida académica, que chegou a catedrático de Direito como ambicionava desde adolescente. Mas, o Professor Marcelo, como é conhecido por todos os portugueses, é muito mais do que isso. Figura presente na política nacional dos últimos 40 anos, a sua passagem real pelos cargos políticos nunca se fez de glória. Foi líder do PSD durante 1091 dias mas, nunca chegou a primeiro-ministro. Hoje, não exerce cargos políticos, não lidera, mas tem mais poder que muitos ministros e deputados da nação. Ele condiciona, influencia e manobra, tem poder efectivo e gosta de o exercer. Tudo porque há 12 anos invade a casa dos portugueses com o seu comentário televisivo - conspiração e manipulação acusam os adversários - de onde salta, com facilidade surpreendente, leveza para os críticos, da política ou da economia para temas como o futebol. Marcelo é um «entertainer». Numa viagem ao longo de 64 anos, o autor conta-nos a história da família, da sua infância, desde que Marcello Caetano conduziu a sua mãe à maternidade. Marcelo viajou pelo país salazarista com o pai Baltazar, subsecretário de Estado, governador-geral de Moçambique e futuro ministro. Esteve na fundação do Expresso com Francisco Pinto Balsemão. Foi um dos primeiros militantes do PPD. Hoje tem o número três no cartão do partido. Mas esta obra original traz-nos também a visão do homem profundamente católico, divertido e excêntrico, que alimenta a pequena intriga e a grande conspiração, sobre o qual se construíram algumas lendas, algumas delas verdadeiras como a que dorme o mínimo, faz diretas a corrigir exames, dita dois textos em simultâneo, ou que escreve com as duas mãos ao mesmo tempo... A sua mãe, Maria das Neves, com quem tinha uma relação profunda, criou-o para altos desígnios. Em Janeiro de 2016 há eleições presidenciais, Marcelo Rebelo de Sousa, um racionalista puro, calculista e com aversão ao risco espera um sinal da Providência divina para se decidir a avançar…

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

"Não Nos Roubarão a Esperança" de Júlio Magalhães






Poderá o amor nascer em tempo de guerra? No Portugal de Salazar e nos tempos conturbados da guerra civil espanhola, Miguel Oliveira, voluntário português ao serviço das tropas nacionalistas de Franco, é feito prisioneiro pelos republicanos, depois de o seu avião ter caído nos arredores de Barcelona. Um feliz golpe de sorte salva-o de um julgamento sumário e de uma morte certa por fuzilamento. Será trocado por um oficial republicano, perto de Madrid. Miguel inicia uma longa viagem de automóvel que o vai levar de Barcelona a Madrid num território pejado de perigos. Será durante essa intensa viagem que ele conhecerá e se apaixonará por Dolores, a jovem republicana responsável por levá-lo à capital espanhola. Outrora uma defensora ardente da República, Dolores está nos finais da guerra, cansada de ver tanta morte e destruição. Para sua grande surpresa e sem nunca abandonar os seus ideais, a jovem republicana encontrará em Miguel um bom confidente e até um protetor. Tendo como pano de fundo a violenta paisagem desenhada pela guerra civil, Não nos roubarão a esperança, narra o nascimento de um grande amor que terá de provar ser mais forte do que o ódio.